Acima, no quarto do apartamento do hotel. A previsão era fazer 140 km naquele dia. O café foi no quarto pois o aventureiro saiu mais cedo do que o serviço de café do restaurante, que disponibilizou a térmica de água na noite anterior e café solúvel - e ovos, pão, e afins. E aí...
"Pensei que deserto era só areia... mas me surpreendi com um asfalto muito bom. Então no começo fluiu muito bem... eu estava muito feliz!" Quando o aventureiro chegou perto de Altamira... a estrada de chão que era firme até então transformou-se num pesadelo... começou a ser "areião, com muitas costelas de vaca" e isso diminuiu consideravelmente a velocidade e o desempenho. Além de que aquele trecho era uma subida - o aventureiro pedalou aproximados 120km de subida... Com a queda brusca na produtividade... Escureceu. Naquela região quase não tem placas. E tem muitos desvios da principal para mineradoras e outros lugares. Para ficar pior ainda... de Altamira até Água Verde (mais ou menos uns 85 km) não passou nenhum carro naquela escuridão... e Werner já não tinha mais água nem comida disponível. Foi um sufoco de verdade. O aventureiro conta que ainda teve sorte porque era dia de lua cheia, então não estava escuro de uma vez - teria sido muito mais difícil com a ausência total de luz. Depois de 155 km, Werner chegou em Água Verde. Na hospedagem, ao chegar a dona fechou as portas. Se ele tivesse chegado 5 minutos mais tarde, não teria (ainda por cima... depois da subida, do vento contra, da falta de água e comida, da areia e das costelas de vaca e dos Km a mais que a previsão inicial) conseguido arrumar um lugar para jantar e dormir.
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